sábado, 12 de abril de 2008

TGV menos poluente

Segundo os números apresentados no 6º Congresso Mundial de Alta Velocidade, que decorreu no passado mês em Amesterdão, um TGV emite 4 quilos de CO2 por cada 100 passageiros/quilómetro transportados, enquanto que um automóvel emite 14 quilos e um avião 17.
Por outro lado, a quantidade de litros de combustivel necessários para transportar cem passageiros por quilómetro é de 2,5 no TGV, seis no automóvel e sete no avião.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Taxa especial para os terrenos envolventes às futuras estações do TGV

O Jornal de Negócios noticiou a semana passada que o Governo está a preparar um imposto sobre os imóveis em torno das futuras estações do TGV, à semelhança do que fez na Ponte Vasco da Gama, como meio de controlar a especulação imobiliária.
A medida poderá também ser adoptada para os terrenos junto ao futuro aeroporto internacional de Lisboa, em Alcochete.
Os autarcas de Évora e Elvas, municípios para onde estão previstas as estações do eixo Lisboa-Madrid (Évora e Caia), já se mostraram favoráveis à medida. O presidente da camara de Évora, José Ernesto Oliveira, afirmou que "é bom que o Governo actue para moralizar essa acção de desenvolvimento e ponha cobro aos fins especulativos que sempre acompanham estas acções". Por outro lado o edil de Elvas, Roldão de Almeida, considerou a medida tardia e manifestou o desejo de que o governo "deveria de alargar estas medidas a zonas em que, de um momento para o outro, entram para o PDM e ficam sobrevalorizadas".

quarta-feira, 26 de março de 2008

TGV Lisboa-Madrid adiado para 2016?

Em declarações à margem do 6º Congresso Mundial de Alta Velocidade que se realizou nos passados dias 17 e 18 de Março em Amesterdão, na Holanda, Carlos Fernandes, administrador da RAVE, afirmou que uma eventual mudança de corredor para a Terceira Travessia do Tejo provocará um atraso de três anos no projecto, adiando para 2016 a abertura da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid.
Segundo Carlos Fernandes, a escolha do corredor Beato-Montijo, exigirá a elaboração de novos estudos e fará com que a ligação em alta velocidade Lisboa-Madrid, que passará sobre a nova ponte, sofra um retrocesso, obrigando a repetir todos os trabalhos que a RAVE já fez para a ponte Chelas-Barreiro.
Recordamos que o calendário definido pelo Governo aponta para 2013 a abertura da ligação Lisboa-Madrid e que a mudança para o corredor Beato-Montijo havia sido defendida recentemente por José Manuel Viegas, professor do Instituto Superior Técnico e co-autor do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa, que em Fevereiro passado criticou a posição assumida por Carlos Fernandes, administrador da RAVE, segundo a qual uma travessia entre Chelas e o Barreiro sairia mil milhões de euros mais barata ao Estado.

TGV deve passar por Santarém

Arménio Matias, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário (ADFER) defendeu, hoje, que a linha do TGV deveria passar pela margem esquerda do Tejo até à região de Santarém. O especialista fundamentou esta opção com base na localização do futuro aeroporto de Alcochete. Realçando que tal solução já se encontra prevista no estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), defendeu ainda a passagem da linha a leste da Serra dos Candeeiros, mantendo, a partir da região de Leiria, todo o traçado que tem sido estudado desde o inicio.
Aplaudindo a atitude do Ministro Mário Lino que admitiu a possibilidade de alterações ao traçado, acrescentou que a opção defendida é «mais barata, conduz aproximadamente ao mesmo tempo de percurso Lisboa-Porto e cria uma boa articulação entre a rede de alta velocidade e o aeroporto de Lisboa».

terça-feira, 25 de março de 2008

Brisa e Soares da Costa na alta velocidade


A noticia foi dada por Vasco Melo, presidente do conselho de administração da Brisa, no passado dia 13, durante a apresentação do Relatório de Sustentabilidade de 2007 da concessionária – Brisa e Soares da Costa irão liderar um consórcio para concorrer ao projecto português de alta velocidade. Não adiantou, no entanto, o nome das empresas que integrarão o consórcio.
Recorde-se que o primeiro concurso, para o troço Poceirão/Caia, da ligação ferroviária entre Lisboa e Madrid, será lançado em Junho próximo.

quarta-feira, 12 de março de 2008

ATAC contesta traçado do TGV

O movimento ATAC (Amigos da Terra por Amor à Camisola) entregou ontem a 13 entidades uma contestação à passagem do TGV no concelho de Alcobaça, apelando à averiguação sobre o afastamento dos técnicos responsáveis da avaliação do traçado.

O ATAC manifesta "indignação" ao parecer favorável emitido pelo Ministério do Ambiente, apelando à averiguação sobre as "condições em que foi feita a aprovação do traçado do TGV na ligação Ota-Pombal".
"Porque é que o traçado aprovado foi contra o parecer inicial dos técnicos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro", interroga o movimento, questionando ainda sobre "a razão do afastamento dos dois técnicos (...) nomeados inicialmente para elaborar aquele parecer".
"A avaliação dos técnicos da CCDRC incumbidos daquele processo foi peremptória ao afirmar que os impactos da passagem do TGV são 'negativos muito significativos e não minimizáveis', conclui o ATAC.
O movimento questiona ainda a "necessidade" de "um investimento tão elevado, numa altura de apertar o cinto", alegando que o TGV entre Lisboa e Porto "vai retirar apenas 15 minutos ao tempo de viagem que o Alfa Pendular demora hoje", realçando os "riscos" decorrentes do ruído, vibrações e radiações electromagnéticas para os habitantes.
Segundo o ATAC, "não faz qualquer sentido manter o traçado de passagem entre Serra de Montejunto e Serra dos Candeeiros", em virtude da alteração de localização do novo aeroporto de Lisboa, da Ota (Alenquer) para o Campo de Tiro de Alcochete, propondo um "traçado mais vantajoso" a Este da Serra de Candeeiros.
A contestação, que elenca as espécies da fauna e da flora existentes no concelho de Alcobaça, foi entregue aos partidos representados na Assembleia da República, às comissões parlamentares do Poder Local, Ambiente e Ordenamento do Território e de Obras Públicas, à Presidência da República, à Procuradoria-Geral da República e aos ministérios das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações e do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Rural (MAOTDR).
O ATAC sustenta a contestação nos "erros técnicos da linha de TGV entre Lisboa e Coimbra, que ignora locais de relevo ambiental e patrimonial", criticando a "ligeireza" do MAOTDR na emissão da Declaração de Impacto Ambiental ao Lote C1, do troço entre Troço Alenquer (Ota) e Pombal.
Segundo o movimento, o traçado proposto "irá ser responsável pela separação de núcleos urbanos consolidados, com alterações na dinâmica urbana e social existente" e "espartilha oito freguesias" do concelho de Alcobaça.
"A RAVE, no seu desejo de tudo impor e a ninguém respeitar, põe em causa a Capela de S. João Baptista, em Olheiros, freguesia de S. Vicente de Aljubarrota, considerada património nacional", frisa o ATAC, na contestação, acrescentando que a capela renascentista foi restaurada recentemente com o apoio do município de Alcobaça e do IPPAR.
Para o ATAC, o traçado vai percorrer "a mais importante zona calcária de Portugal, datada do Mesozóico", destacando o vale da Ribeira do Mogo, com 13 grutas identificadas pela Associação para a Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça (ADEPA) e a nascente cársica de Chiqueda, que "é responsável pelo fornecimento de água potável a cerca de 70 por cento da população do concelho".
De acordo com o movimento, o traçado da ferrovia de alta velocidade "está prevista a cerca de 300 metros em linha recta" da nascente de Chiqueda, quando o Plano Director Municipal de Alcobaça impõe "protecção a esta nascente de 500 metros".

Fonte: JPS/Lusa